sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Por que a água só evapora e o leite transborda quando ferve?

Porque na água as bolhas de vapor sobem para a superfície e estouram sem encontrar nenhum impedimento no caminho. Já no leite há substâncias, como proteínas e gordura, que não permitem que as bolhas passem e estourem. Essas substâncias, que correspondem a 13% do volume do leite, deixam o líquido mais viscoso, o que torna a subida das bolhinhas de água bem mais difícil do que na água pura. E o fogo só piora essa situação. "O calor muda a forma das moléculas de algumas proteínas, que criam um tipo de malha. Isso ‘segura’ as bolhas de vapor, que não estouram e aumentam de tamanho, fazendo espuma", diz o químico de alimentos Marco Túlio, da Universidade Federal de Viçosa (MG). "Quando você mexe o leite, ajuda a desmanchar as bolhas e soltar o vapor. Assim ele não transborda." O calor também separa a água da gordura, que sobe para formar a camada intransponível de nata, que se aloja na superfície do leite. Se não for estourada, seu destino só pode ser um: subir junto com o "arrastão" de vapor e transbordar.


Erupção láctea

Componentes do leite barram a passagem de bolhinhas de água

Água

O calor faz as moléculas de água se agitar e sair do estado líquido para o gasoso. As moléculas de água gasosa são menos densas do que as moléculas líquidas e, por isso, sobem. Quando chegam à superfície da água, as bolhinhas estouram e liberam o vapor de água no ar

Leite

1. O leite é composto de várias substâncias, entre as quais gordura e proteínas, além de água. A estrutura molecular mais complexa impede que as bolhinhas de água circulem livremente como na água pura

2. Quando o leite é aquecido, o calor deforma as proteínas, criando uma trama que dificulta a passagem das bolhas de vapor. Já a gordura se acumula na superfície do leite, impedindo que as bolhas de vapor cheguem à superfície

3. Sem conseguir chegar à superfície e estourar, as bolhas crescem de tamanho e formam espuma. O volume da mistura aumenta à medida que mais vapor é produzido no fundo da panela. Se o calor não cessar, o leite não pára de subir e transborda

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_287724.shtml

O que é um buraco branco?

Do ponto de vista da astrofísica, um buraco branco é o oposto de um buraco negro. Mas isso só vale mesmo de forma conceitual, porque, na prática, não existe nenhuma comprovação da existência de buracos brancos no espaço. Eles nada mais são do que uma conseqüência hipotética da Teoria da Relatividade - aquela do Einstein mesmo. Complicado, né?! Vamos tentar, então, colocar a coisa de uma forma mais simples, para desespero dos astrofísicos. Você já deve ter ouvido que um buraco negro suga toda a matéria e a luz ao seu redor, fazendo com que elas simplesmente desapareçam. No passado, alguns astrofísicos acreditavam que essa matéria poderia entrar pelo buraco negro e aparecer em outro universo, através de um buraco branco. Ele seria, portanto, uma espécie de lado oposto do buraco negro: um lugar onde energia e matéria apareceriam espontaneamente. "Essa teoria parte do princípio de que existam outros universos, além do nosso. Só que até hoje nem a existência desses outros universos é comprovada. Muito menos a dos buracos brancos", diz o astrônomo Jacques Lepini, da USP. Em função da falta de comprovações da existência dos buracos brancos, esse assunto foi pouco a pouco sendo deixado para trás pelos astrofísicos, que preferiam queimar seus neurônios em temas mais paupáveis, embora, para nós, mortais, nenhum assunto astrofísico pareça muito paupável... Conclusão: além de não existir na prática, o buraco branco está sumindo em teoria.

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_287804.shtml

Qual é a diferença entre asteróide, cometa e meteoro?

COMETA

É uma grande bola de gelo - formada pela junção de vários gases - que vaga pelo espaço. O cometa é uma espécie de "sobra" do processo de formação dos grandes planetas gasosos do sistema solar, como Júpiter e Saturno. Este bloco gelado que você vê aqui é só uma minúscula parte de todo o cometa, é o seu núcleo sólido, que em geral tem uns 6 km de diâmetro

ASTERÓIDE

Enquanto o cometa é uma bola de gases congelados, o asteróide é uma grande pedra espacial. Também é uma "sobra" do sistema solar, mas uma sobra do processo de formação dos planetas rochosos, como Terra e Marte. Com formato irregular, a maioria dos asteróides tem cerca de 1 km de diâmetro - mas alguns podem chegar a centenas de quilômetros!

METEORÓIDE
É um asteróide pequeno. Não há um limite exato, mas a partir de 1 km de diâmetro as pedras espaciais costumam ser chamadas de asteróides. A maior parte dos meteoróides equivale a grãos de areia. Mas esses são quase imperceptíveis: toneladas se dirigem à atmosfera da Terra todos os dias. Já meteoróides com uns 4 m de diâmetro deixam sinais mais evidentes


Rastro gigante

Nuvem gasosa em volta do núcleo do cometa tem diâmetro 15 vezes maior que a Terra!

O núcleo sólido é uma parte insignificante do cometa. Ele é permanentemente envolvido por uma nuvem gasosa que chega a ter um diâmetro de 200 mil km, mais de 15 vezes o diâmetro da Terra! E isso sem contar a famosa cauda, um rastro de poeira e gases que surge quando o cometa se aproxima do Sol e pode atingir 100 milhões de km de extensão!


Terra à vista!

Quando entram na nossa atmosfera, pedras espaciais ganham outros nomes

METEORO
Um meteoróide que entra na atmosfera da Terra passa a ser chamado de meteoro. Com uma velocidade de 70 km/s, essas pedras queimam em contato com os gases do ar, formando um rastro de luz - as populares estrelas cadentes. A maioria dos meteoros são grãos de poeira que saíram de cometas

METEORITO
São os meteoros que não se desintegram totalmente no choque com a atmosfera. Portanto são pedras espaciais que de fato caem na superfície do planeta. O desgaste da passagem pelas várias camadas da atmosfera faz um meteoro de 4 m virar um meteorito com cerca de 1 m de diâmetro

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_287745.shtml

Por que o durex não gruda na própria superfície?

Primeiro, porque a cola não exerce grande atração sobre filmes plásticos (como é o caso do durex, que é feito de celofane). Segundo – e principal: a parte de cima do durex é recoberta por uma finíssima camada antiaderente. Quando o durex está enrolado, a camada colante (a parte de baixo) fica em contato com a película antiaderente. Por isso, não rola um grude. Essa é a explicação mais direta. Se a gente quiser detalhar um pouco mais a resposta, precisamos primeiro entender como é que o durex gruda em várias superfícies. Vamos lá: ele gruda porque as moléculas de sua camada colante formam pólos, como se fossem pequenos ímãs, que têm a capacidade de atrair outros materiais, como o papel. Mas nem todos os materiais são atraídos pelas colas: como a gente disse lá no início do texto, a maior parte dos plásticos, por exemplo, não aceita cola. Pela lógica, então, a cola não conseguiria grudar na fita de celofane, certo? Para driblar essa incompatibilidade, os fabricantes precisam acrescentar um ingrediente extra ao produto entre a camada adesiva e o celofane: uma película de polímero, substância que consegue atrair tanto a cola quanto o celofane. "É um processo industrial que torna um dos lados da fita grudento, ou seja, compatível com as moléculas da cola", afirma Henrique Toma, químico da USP. Confira abaixo como se organizam as quatro camadas que formam o durex.

Quarteto fantástico
Fita adesiva é "sanduíche" de quatro finíssimas camadas

ANTIADESIVO
Feita de teflon ou parafina, esta camada repele substâncias polares (que formam pequenos pólos que funcionam como ímãs) como a cola do durex


BASE
Também chamada de substrato, serve como suporte para as demais camadas. Geralmente, é feita de celofane ou algum filme plástico maleável e resistente


ADESIVO
Na maioria dos durex, esta parte grudenta leva resina e borracha natural, extraídas da natureza ou feitas em laboratório


ADITIVO
Feita de substâncias químicas capazes de atrair tanto a base de celofane quanto a película adesiva, é a camada que "puxa" a cola para o durex

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_287703.shtml

Onde está o cometa Halley?

O Halley é um cometa famoso que "visita a Terra" a cada 75 ou 76 anos, quando atinge o ponto mais próximo do Sol - o periélio. Sua última aparição foi em 1986. Por alguns dias, ele ficou (mais ou menos...) visível até mesmo a olho nu. Ao se afastar da Terra, o cometa seguiu em sua órbita elíptica.Segundo cálculos da Nasa, ele está hoje a 4,7 bilhões de km do Sol. Isso é quase 31 vezes a distância entre a Terra e nossa estrela mãe. E ele segue se afastando. Estima-se que o Halley irá atingir o ponto mais distante do Sol - o chamado afélio - no final de 2023. Nesse ano, o cometa estará a 5,3 bilhões de km do Sol, e, então, irá iniciar seu caminho de volta. Somente em 2061 é que deve acontecer a próxima "visita" do Halley - o ano em que ele atinge o periélio novamente. Ainda é cedo para cravar em qual época de 2061 ele estará mais perto da Terra. Mas a Nasa estima que será no mês de junho.

A velocidade do Halley não é constante. Segundo a Nasa, em 1910, ele passou aqui pela "vizinhança" a 70,6 km/s. Já em 1998, sua velocidade era de 63,3 km/s. A órbita do Halley é retrógrada: ele gira no sentido contrário ao dos planetas. Ela também é inclinada "para baixo", formando um ângulo de 18º com a órbita do Sol.

VER OU VER, EIS A QUESTÃO
O esperado cometa frustrou muita gente em 1986

1910
A visita do Halley no início do século 20 foi muito comentada porque era a primeira feita com a existência de tecnologias de gravação. O cometa foi fotografado pela primeira vez e ganhou "fama
mundial"

1986
Cercado de expectativas, o Halley ofereceu um espetáculo bem menor. Além da poluição luminosa, que prejudicou sua observação, a interação dele com a radiação solar deixou-o menos brilhante e visível que o esperado

2061
Em 2061, o Halley deverá se aproximar da Terra basicamente do mesmo jeito que na última visita. Ou seja, os problemas de 1986 - excesso de luzes e poluição das grandes cidades - podem se repetir e até mesmo se agravar até lá

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/onde-esta-cometa-halley-467918.shtml

Como é produzido o etanol?

O etanol (ou álcool etílico) é produzido em usinas a partir de matérias-primas como cana-de-açúcar, milho ou beterraba. Ele é um biocombustível, ou seja, um combustível renovável, que não precisa de materiais de origem fóssil, como o petróleo. Em todo o mundo, os biocombustíveis sempre ficaram em segundo plano devido à facilidade de extração do petróleo e devido à sua abundância. O problema é que a queima de combustíveis fósseis contribui para o aquecimento global. E, como também já há sinais de escassez de petróleo, o etanol começou a ganhar mais atenção. Porém, nem todo biocombustível é uma alternativa tão limpa assim para o planeta. Por causa da complexidade de sua fabricação, o etanol pode, dependendo da matéria-prima, até gerar mais emissão de gases poluentes. Isso sem falar no risco de maiores desmatamentos para ampliar as plantações. Nesse ponto, o etanol brasileiro, feito da cana-de-açúcar, leva vantagem. Ele é mais produtivo que o extraído do milho, por exemplo, e provoca um impacto ambiental menor. Enquanto um hectare de milho rende 3 mil litros de etanol, a mesma área plantada com cana gera 7 500 litros! :-@

VERSÃO BRASILEIRAUsinas nacionais extraem dois tipos de álcool da cana-de-açúcar

1- A maior matéria-prima do etanol brasileiro é a cana-de-açúcar. Ela chega às usinas em caminhões e é descarregada em esteiras rolantes. A primeira etapa da produção é a lavagem da cana, que recebe um banho de água que retira terra, areia e outras impurezas

2- Após ser lavada, a cana é picada em pequenos pedaços para facilitar a moagem. Aqui ela passa também por baixo de um eletroímã, que se encarrega de retirar materiais ferrosos e outros componentes metálicos que possam danificar as máquinas

3- O passo seguinte é a moagem, em que a cana é esmagada por rolos trituradores. Após a moagem, 70% da cana vira caldo, no qual está o açúcar de onde se extrai o etanol. Os 30% restantes são de bagaço – que pode ser queimado e gerar energia para a usina

4- O caldo aqui ainda tem até 1% de impurezas sólidas, como areia, argila e pedacinhos de bagaço. Por isso ele é peneirado e segue para descansar em um tanque, onde, aos poucos, as impurezas se depositam no fundo – formando um lodo que serve como adubo

5- Quando bem limpo, o caldo passa a ser chamado de caldo clarificado. Ele é aquecido para ser esterilizado e ficar livre das últimas impurezas. Depois é levado para as dornas, grandes tanques onde é misturado com um fermento específico

6- O tal fermento tem microorganismos que se alimentam do açúcar do caldo, liberando em seguida gás carbônico e álcool. Essa etapa da fermentação dura de 4 a 12 horas, gerando um produto que se chama vinho fermentado

7- As reações químicas provocadas pelo fermento também liberam energia, o que esquenta o vinho fermentado. Ele, então, precisa ser resfriado com água corrente – que circula em volta dos tanques sem entrar em contato direto com o vinho

8- O vinho fermentado contém só 10% de álcool – o resto é basicamente água. Por isso, ele precisa ir para a destilação. Em diversos tanques, o vinho é aquecido até evaporar; depois é condensado e volta à forma líquida, mas com seus diversos componentes separados

9- Da destilação sai o álcool hidratado, líquido com 96% de álcool. É ele que será vendido nos postos. Parte dele, porém, ainda passa por um processo de desidratação, virando álcool anidro (mais de 99,5% de álcool), que é misturado à gasolina como aditivo

10- Os dois tipos de etanol produzidos, o hidratado e o anidro, são armazenados em tanques de grande volume. Lá, aguardam até serem retirados por caminhões-tanque, que levam o etanol para as distribuidoras comercializarem o produto com os postos

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_398747.shtml

O que são os aceleradores de partículas?

São equipamentos complexos usados para uma missão “bem simples”: investigar do que o mundo é feito. Eles ajudam os cientistas a descobrir quais são os ingredientes básicos na composição de todos os materiais que conhecemos.

O primeiro acelerador de partículas foi criado pelo físico britânico Ernest Rutherford em 1911. Ele usou uma fonte radioativa para lançar partículas alfa 1 contra uma fina camada de ouro 2 . Ao redor desse obstáculo, uma chapa de sulfeto de zinco servia como um detector 3 , capaz de revelar a trajetória das partículas que atravessavam os átomos de ouro. Entretanto, Rutheford percebeu que algumas partículas “ricocheteavam” ao esbarrar em componentes ainda menores dos átomos de ouro. Foi isso que levou à descoberta de que o átomo era subdividido em elétrons, prótons e nêutrons. Os aceleradores atuais usam o mesmo princípio. Com eles os cientistas já identificaram que prótons e nêutrons são subdivididos em quarks.

O desafio agora é provar a existência das partículas de Higgs, que, teoricamente, seriam os elementos fundamentais que compõem todas as coisas.

AUTÓDROMO DE PARTÍCULAS Veja como vai funcionar o maior acelerador do mundo, o LHC, um megatúnel em forma de anel

1- O Grande Prêmio das partículas começa nos injetores. Prótons de átomos de hidrogênio ganham velocidade ao percorrer quatro pequenos aceleradores, um em linha reta e três circulares. Quando atingem 19 mil km/s, são injetados no LHC – sigla em inglês para Grande Colisor de Hádrons (partículas feitas de quarks).

2- Em forma de anel, o LHC tem dois túneis subterrâneos, que funcionam como pistas de 27 km para a corrida dos prótons. Em cada túnel corre um feixe de prótons, em sentidos opostos. Os túneis são mantidos a vácuo, para que “retardatários” – como partículas de oxigênio ou nitrogênio do ar – não fiquem no caminho.

3- Ao longo dos túneis existem cavidades de radiofreqüência onde rola um campo eletromagnético bem forte. Como os prótons são partículas positivamente carregadas, eles recebem um empurrão extra cada vez que passam pelas cavidades. Isso acelera os prótons a uma velocidade final de 300 mil km/s!

4- Como se trata de um “circuito oval”, os prótons sofrem a ação da força centrífuga, que os joga na direção da parede. Para eles não “baterem no muro”, perdendo velocidade, o LHC conta com 1746 ímãs poderosos. Os imãs exercem uma força magnética perpendicular ao movimento dos prótons e os ajudam a fazer as curvas.

5- Em quatro pontos do LHC, as duas pistas viram uma só para forçar uma colisão entre os prótons. Os prótons que vêm de um lado batem nos que vêm na contramão e se despedaçam em partículas menores, como quarks e fótons. A energia liberada é tão grande que os cientistas também esperam ver a formação das partículas de Higgs.

6- Nos pontos de colisão há quatro detectores, dois deles gigantes – o Atlas e o CMS. As partículas de Higgs são instáveis e duram um milionésimo de bilionésimo de segundo, antes de virarem outras partículas. Como um filme fotográfico, as paredes dos detectores servem para registrar tudo o que se forma após as trombadas.

7- Os detectores identificam posição, energia, massa, velocidade e carga das partículas que surgem após as colisões. Como cada partícula tem características próprias, os detectores precisam ter diferentes camadas, cada uma delas com tecnologia específica para registrar um tipo de partícula.

8- Os sensores do LHC fornecerão dados 40 milhões de vezes por segundo! Toda essa informação será filtrada para aproveitar os dados de “só” cem colisões por segundo. Em um ano, serão armazenados 15 milhões de gigabytes em dados. Milhares de cientistas no mundo ajudarão a analisar tudo.

FICHA TÉCNICA DO LHC
PROFUNDIDADE De 50 a 175 m, o equivalente a um prédio de 38 andares, na parte mais funda.
ENERGIA CONSUMIDA 800 mil MWh por ano, o suficiente para abastecer uma cidade de 250 mil habitantes no mesmo período.
ÁREA OCUPADA 56,6 km2, ou 35 vezes o Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
VELOCIDADE DAS PARTÍCULAS Um bilhão de km/h, 400 mil vezes mais rápido que um caça F-15 ou 99,99% da velocidade da luz.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Como é feito o espelho?

Os fabricantes usam três camadas. A principal é uma superfície de metal superpolida, que reflete muito bem a luz e fica no meio do espelho. Por trás dela, existe uma camada escura, normalmente de tinta preta, que absorve a luz que vem de trás do espelho e impede que ela "vaze" pela camada refletora de metal. Na frente do metal fica uma camada de vidro, que dá solidez ao espelho e protege a película metálica contra riscos que distorçam a reflexão dos raios de luz. Um bom espelho reflete 90% dos raios de luz que incidem sobre ele. Por isso, o processo de fabricação é delicado. O passo inicial é a limpeza e o polimento do vidro. Feito isso, é hora de aplicar uma camada de prata, o metal mais usado nos espelhos atuais, junto com um produto químico que a faz aderir completamente ao vidro. A terceira etapa é pulverizar uma camada de tinta preta atrás da superfície de prata. Como esse metal é sensível ao ambiente, os fabricantes preferem usar tintas pretas impermeáveis - a umidade é um dos principais inimigos da prata. Depois, o artefato passa por uma estufa para secar a tinta. E o espelho já está pronto para você admirar sua beleza!

A exploração de minérios traz algum prejuízo ao planeta?

Pode trazer, sim, e, quando há estragos, eles geralmente são bastante graves. Além do terreno propriamente dito, a mineração pode afetar também a água, o ar, a flora e a fauna de toda uma região. O problema é que hoje não dá para viver sem os produtos extraídos por essa atividade, e tais matérias-primas existem apenas em lugares específicos do planeta. Mas há algumas saídas para diminuir os impactos provocados pela mineração. "Sempre é possível fazer uma lavra ambientalmente correta. Certamente há uma mudança na paisagem, mas existem custos em qualquer atividade", diz o professor Caetano Juliani, do Instituto de Geociências (IGC) da Universidade de São Paulo (USP). :-0


Extração fatal
Mineração sem controle pode secar rios e até mudar o clima da região explorada

RIO DAS PEDRAS
Explosões de minas a céu aberto podem lançar fragmentos e desestabilizar as margens dos rios. E o uso de dragas para mineração de areia e cascalho aumenta os sedimentos em suspensão na água. Tudo isso contribui para o assoreamento do rio, ou seja, a obstrução do seu fluxo por camadas de terra, pedras ou areia

FONTE DE PROBLEMAS
Em minerações subterrâneas pode ser necessário modificar o curso natural de um lençol freático para alcançar locais no subsolo onde está o minério. Com o desvio, rios que se alimentavam do lençol podem sofrer uma redução no volume de água

SERRA PELADA
Áreas de mineração podem ser enormes, chegando a milhares de quilômetros quadrados. Logo é muito comum haver árvores, ou até grandes florestas, em boa parte do terreno. Como nada pode ficar no caminho, não tem jeito de retirar o minério da jazida sem detonar toda a vegetação do local

NA MAIOR DRAGA
Dragas que exploram minérios no leito de rios geralmente sugam o metal precioso grudado em outras rochas. Para separá-los, são usados produtos químicos perigosos. Muitas vezes as sobras dessa reação escorrem de volta para o rio, alterando o pH da água e envenenando peixes

VISTA PERDIDA
A mineração não traz só prejuízos ecológicos. A abertura de cavas - buracos gigantescos onde trabalham escavadeiras - transforma uma floresta num terrenão descampado. Com esse impacto visual, qualquer potencial de ecoturismo que a região poderia ter vira, literalmente, pó

MEU MUNDO CAIU
As explosões, um dos recursos mais usados na mineração, causam violentas vibrações no solo. Isso pode provocar rachaduras nas casas de cidades próximas da jazida, além de tornar o terreno instável, o que aumenta o risco de deslizamentos

PINTOU UM CLIMA
As explosões e o trabalho frenético das escavadeiras podem fazer uma montanha cheia de minérios sumir do mapa. O desaparecimento de um morro todo abre espaço para alterações microclimáticas. Se ele barrava o avanço de frentes frias, por exemplo, sua ausência pode mudar a ocorrência de chuvas na vizinhança

TURMA DO BARULHO
Imagine como uma bomba precisa ser poderosa para destruir grandes blocos de rocha. Agora imagine o barulho que ela faz... Mesmo que não haja pessoas morando perto da mina, a enorme poluição sonora afugenta os animais da região, desequilibrando o ecossistema local

LEVANTOU POEIRA
Dependendo do explosivo utilizado nas minas, pode haver a liberação de gases tóxicos. Fora isso, grandes processos de mineração levantam uma enorme nuvem de poeira que pode invadir cidades próximas, provocando algo semelhante àquelas tempestades de areia dos desertos

Mina bem cuidada

Existem várias medidas que podem diminuir o impacto provocado pela mineração

PROTEÇÃO AOS RIOS
Uma das técnicas que estão sendo desenvolvidas é o uso de lonas de proteção nas margens dos rios. Assim, é possível reduzir a quantidade de fragmentos e de poeira lançados na direção dos cursos d’água durante as explosões

REFLORESTAMENTO
Com a valorização da idéia de desenvolvimento sustentável, as grandes mineradoras têm replantado árvores após terminar a exploração do local. Essa é uma das medidas que mais contribuem para assegurar a volta da vida à região ao final da mineração

EXPLOSÕES PRECISAS
Empresas que fornecem equipamentos para as mineradoras têm investido em explosivos melhores. Assim dá para prever com mais exatidão a área que será atingida, e controlar a intervenção na natureza para reduzir os danos

URBANIZAÇÃO
Caso não dê para reconstruir a paisagem original, quase sempre é possível fazer outra coisa no lugar. "Muitas áreas já foram incorporadas à malha urbana. Um exemplo é o Teatro Ópera de Arame, de Curitiba, uma antiga cava de brita", diz a professora Denise Bacci, do IGC da USP

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_287934.shtml

O que é mais eficiente para secar roupas: muito vento ou muito sol?

Por incrível que pareça, o vento é mais eficaz que o sol na secagem das roupas. Ele movimenta as partículas de ar, que se chocam com as moléculas de água do tecido, agilizando a sua evaporação. Já o calor do Sol provoca um processo semelhante a esse, só que mais lentamente. Para testar a teoria, coloque uma roupa molhada para secar ao sol dentro de uma caixa de vidro fechada e ponha a mesma roupa em um quarto escuro com bastante ventilação. Outro fator que influencia na secagem é a umidade do ar. Nos dias de ar seco, as moléculas de água que saem do tecido se agrupam com mais facilidade na atmosfera. O tipo de tecido também modifica essa equação: roupas de fibras mais porosas, como o linho, favorecem o escoamento da água, enquanto tecidos de fibras mais densas e fechadas, como a lã, dificultam a evaporação.

E o vento levou......A melhor sobre o sol! Entenda por que a ventania seca mais que o calor

SECAGEM PELO SOL
1. Ao estendermos a roupa molhada no varal, o calor do Sol fornece energia térmica para as moléculas de água começarem a se movimentar

2. Assim, algumas moléculas se desprendem do tecido lentamente e vão para a atmosfera em forma de vapor. Quando todas as moléculas se soltarem, a roupa estará seca

SECAGEM PELO VENTO
1. A energia para a movimentação das partículas não vem do calor, mas do deslocamento do ar com o vento, que é mais rápido que o calor

2. Neste processo, conhecido como convecção, a massa de ar agita e "empurra" as moléculas de água para fora do tecido, secando a roupa

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/mais-eficiente-secar-roupas-muito-vento-ou-muito-sol-495875.shtml

Por que o fogo queima?

1. O fogo é resultado de uma reação química provocada por três ingredientes: oxigênio, combustível e calor. Quando eles se juntam, o oxigênio reage com o combustível, numa violenta oxidação*, chamada de combustão

2. O combustível é a substância que "queima" e pode ser sólido, líquido ou gasoso. Para reagir com o oxigênio, ele deve ser aquecido até uma temperatura mínima - cada material tem a sua. Para iniciar a combustão, a temperatura de ignição da madeira é de 230 ºC

3. A combustão libera energia em forma de calor e de luz - provocando a chama. O calor do fogo na madeira, por volta de 800 ºC, é o que alimenta e propaga a combustão. Combustíveis orgânicos como a madeira - com carbono na composição - geram fumaça ao queimar

4. A queima da madeira gera cinzas. À medida que o combustível é consumido, a chama e o calor diminuem até o fogo sumir. Para apagar qualquer fogo, é só afastar o oxigênio - abafando o fogo, por exemplo - eliminar o combustível ou diminuir a temperatura da reação

• Enferrujamento também é uma reação de oxidação, porém, bem mais lenta do que a combustão

* Na oxidação, os átomos do gás oxigênio (O2) se separam para se combinar com outros elementos químicos

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/fogo-queima-495841.shtml

Quais foram os primeiros objetos lançados para fora da Terra?

O primeirão foi o satélite Sputnik 1, enviado ao espaço pelos soviéticos, em 1957.A façanha deu a largada para a corrida espacial entre União Soviética e Estados Unidos - as duas superpotências que dominavam o mundo na época. A partir daí, americanos e soviéticos investiram pesado para desenvolver tecnologias e preparar astronautas para mostrar ao mundo quem chegava mais longe - e primeiro - na exploração do espaço, que, até então, a humanidade só conhecia de vista. ;-)
O IMPÉRIO CONTRA-ATACA
Soviéticos largaram na frente, mas os americanos "voaram" atrás do prejuízo

APOLLO 8
Primeira nave tripulada a escapar da órbita da Terra. Depois disso, a Apollo 8 entrou em órbita lunar, girando dez vezes ao redor do satélite. Na noite do Natal de 1968, o trio de astronautas transmitiu, via TV, imagens da Terra vistas da Lua

GEMINIS 6 E 7
Essa ousada missão, de 1965, testou se o controle de voo das naves era preciso – ponto-chave para garantir manobras de pouso e decolagem numa missão lunar. Durante cinco horas, as Geminis orbitaram bem próximas, a até 30 cm uma da outra

VOSKHOD 2
Nessa missão de 1965, um apêndice inflável ligava o interior da nave com o espaço. Foi por esse túnel que o astronauta Alexey Leonov saiu para dar um rolé, sustentado por um cabo de 5,35 m - seu parceiro de voo, Pavel Belyayev, não teve o mesmo privilégio. A primeira caminhada espacial durou 12 minutos

VOSTOK 1
Foi a bordo desta nave que Yuri Gagarin, primeiro homem no espaço, revelou à humanidade que "a Terra é azul", em 1961. O astronauta levou 90 minutos para dar uma volta ao redor do globo e, além de curtir o visual inédito, teve um retorno radical, ejetando-se da nave e pousando de paraquedas

EXPLORER 1
Em 1958, von Braun colocou em órbita o primeiro satélite americano. Apesar dos quatro meses de atraso em relação ao lançamento do Sputnik 1, o Explorer 1 ajudou a detectar faixas de radiação, conhecidas como cinturão de Van Allen, onde ocorrem fenômenos como as auroras polares e tempestades magnéticas

SPUTNIK 1
Após 12 anos criando armas, Korolyov usou uma delas – o R-7, primeiro míssil intercontinental - para lançar ao espaço uma esfera metálica, com 58 cm de diâmetro, que emitia um bipe de rádio enquanto orbitava a Terra - o Sputnik 1

SPUTNIK 2

Um mês depois do lançamento do Sputnik 1, a cadela Laika pegou carona neste satélite para se tornar o primeiro ser vivo no espaço, ainda que por pouco tempo - ela morreu, de calor, após quatro dias de voo

FOGUETE V2

Para fazer um objeto ir para o espaço e se manter por lá, é preciso lançá-lo a uma altitude e velocidade que vençam a gravidade da Terra. A ideia só começou a parecer viável com a criação do V2, primeiro míssil balístico da história, desenvolvido pelos alemães na Segunda Guerra

GÊNIOS INDOMÁVEIS
Com o fim da Segunda Guerra, em 1945, Estados Unidos e União Soviética dividiram o controle do território alemão e do aparato de guerra dos derrotados nazistas. A fábrica dos V2 ficou com os soviéticos, sob comando de Sergei Korolyov. Os americanos levaram para casa o criador do V2, Wernher von Braun

CONTAGEM PROGRESSIVA
Desenvolvimento de foguetes impulsionou a exploração espacial
1923
O alemão Hermann Oberth publica O Foguete no Espaço Interplanetário

1924
Soviéticos fundam a Sociedade para Estudos das Viagens Interplanetárias

1958
Fundação da Nasa, a agência espacial americana

1959
A sonda soviética Luna 2 é o primeiro objeto feito pelo homem a se chocar com a superfície lunar. Luna 3 envia as primeiras fotografias da face oculta da Lua

1961
John Kennedy estabelece a meta de enviar um astronauta americano para a Lua até o fim da década

1963
A soviética Valentina Tereshkova é a primeira mulher a viajar no espaço, a bordo da Vostok 6

1965
Sonda americana Mariner 4 envia as primeiras fotografias da superfície de Marte

1966
Venera 3, sonda enviada a Vênus pelos soviéticos, é o primeiro objeto a atingir o solo de outro planeta

http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/quais-foram-primeiros-objetos-lancados-fora-terra-496416.shtml

É possível clonar um fóssil congelado?

É possível na teoria, mas, na prática, as ferramentas disponíveis atualmente ainda tornam o processo difícil. "O principal problema é encontrar um DNA preservado de um animal extinto", explica Lygia Pereira, professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva da USP. A partir do momento em que o bicho morre, suas células já começam a se degradar. Depois de milhões de anos, então, imagine o estado em que as células se encontram, o que torna praticamente impossível encontrar um DNA perfeito de um animal pré-histórico. Com animais extintos mais recentemente, como o lobo-da-tasmânia, o trabalho é um pouco mais fácil. Vários zoológicos e laboratórios inclusive mantêm amostras de DNA desse animal para que em um futuro que não parece muito distante eles possam caminhar novamente.
A volta dos mortos-vivos
Dá para trazer os mamutes de volta ao mundo - só falta achar DNA intacto

1. O frio extremo aparentemente congela e conserva bem o corpo do bicho, mas por dentro não é bem assim. As baixíssimas temperaturas destroem as células. Junto com elas, vão para o beleléu os cromossomos, que contêm o material genético, o DNA, necessário para que se possa produzir um clone do animal

2a. Um jeito de obter o DNA seria sintetizá-lo em laboratório - mas é difícil, pois, até 2008, apenas 70% do genoma de mamutes foi decifrado. Outro seria modificar o DNA de um elefante, que seria meio caminho andado para virar DNA de mamute, mas ainda não se sabe exatamente onde essas mudanças deveriam ser feitas

2b. Mas, se, por sorte, uma única célula com a sequência de DNA intacta for encontrada em um fóssil, é possível retirar o seu núcleo, que contém os cromossomos, e colocá-lo em um óvulo sem núcleo de um parente, como o elefante. Assim, teríamos um óvulo fértil de mamute, que, com impulsos elétricos, pode tornar-se um embrião

3. O óvulo é implantado no útero da mamãe elefante, mas essa gestação tem riscos. Durante a gravidez, há muita troca de materiais entre mãe e feto. A quantidade de proteínas que um feto elefante receberia pode ser insuficiente ou exagerada para um feto mamute, por exemplo, o que pode causar um aborto ou o nascimento de um filhote com problemas



http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/possivel-clonar-fossil-congelado-495740.shtml

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Árvore sintética pode combater aquecimento

Um relatório britânico sobre mudanças climáticas pretende fabricar artificialmente o que sempre foi um dos maiores símbolos da natureza: as árvores. A ideia está entre três propostas sugeridas por pesquisadores do Instituto de Engenheiros Mecânicos contra o aquecimento global. As outras duas envolvem "fotobioreatores à base de algas" e telhados refletores em edifícios.
A vantagem, segundo a equipe, é que uma única árvore sintética deverá absorver dezenas de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, fazendo do invento milhares de vezes mais eficiente do que uma árvore tradicional. O plano dos cientistas é construir, dentro de 10 a 20 anos, uma "floresta" de 100.000 árvores artificiais - cada uma custando 15.000 libras (45.500 reais).
De acordo com o projeto, as árvores serão cobertas com materiais sintéticos capazes de absorver o CO2 através de um filtro. O carbono seria então estocado debaixo da terra em reservatórios de petróleo e gás natural esgotados. Para isso, os cientistas solicitaram ao governo britânico um investimento de 10 milhões de libras (30 milhões de reais) em análises de efetividade, riscos e custos de geoengenharia.
Os pesquisadores, liderados por Tim Fox, sugeriram ainda a instalação de "fotobioreatores à base de algas" nos prédios. A técnica consistiria em containeres transparentes abastecidos com algas que acabariam removendo o CO2 da atmosfera durante a fotossíntese. Uma terceira solução seria desviar os raios solares através de telhados refletores.http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-tecnologia/arvore-sintetica-pode-combater-aquecimento-494601.shtml

Cientistas descobrem anticorpos que podem ajudar a criar vacina contra a Aids

Uma equipe de cientistas americanos descobriu dois novos anticorpos poderosos que poderiam ajudar a criar uma vacina contra o vírus da Aids. Estudos a respeito dos avanços na área serão publicados na edição da revista americana Science desta sexta-feira.

Estes anticorpos chamados "bNAbs" têm capacidade ampliada de neutralização do HIV, considerado difícil de combater devido a suas rápidas e múltiplas mutações. O processo utilizado na pesquisa deverá revelar as fraquezas do vírus.
"Agora que identificamos estes dois anticorpos, temos condições de encontrar outros, o que deve acelerar os esforços da comunidade mundial para desenvolver uma vacina contra a Aids", destacou Wayne Koff, diretor de pesquisa e desenvolvimento da organização Iniciativa Mundial para uma Vacina contra a Aids (IAVI, na sigla em inglês).
PG9 e PG16, como foram batizadas as descobertas, apontam para uma parte do vírus da Aids que desempenha papel-chave para infectar as células humanas e não são sujeita a mudanças, o que explica seu forte poder de neutralização. Eles são produzidos por uma minoria de pessoas infectadas, de acordo com os pesquisadores.
Os cientistas trabalharam com mostras de sangue infectado de 1.800 voluntários em mais de 10 países, sete deles na África. O próximo passo é explorar a vulnerabilidade do HIV e testar novos enfoques para criar a vacina.http://veja.abril.com.br/noticia/saude/cientistas-descobrem-anticorpos-podem-ajudar-criar-vacina-aids-496480.shtml

Butantan descobre remédio para hipertensão no veneno de jararaca

http://http://www.abril.com.br/noticias/ciencia-saude/butantan-descobre-remedio-hipertensao-veneno-jararaca-519431.shtmlSão Paulo - Um peptídeo - forma mais "simples" das proteínas - encontrado no veneno da jararaca pode ser o responsável por um novo remédio para tratamento da hipertensão. É isso que afirma a farmacêutica e pesquisadora do Instituto Butantan, Claudiana Lameu. Os peptídeos que aumentam os efeitos da bradicinina (BPPs) poderiam atuar no sistema nervoso central, para reduzir a pressão arterial e a frequência cardíaca.Na verdade, os BPPs já são utilizados no tratamento de hipertensão há bastante tempo, por intermédio do medicamento Captopril. Contudo eles estão voltados para um outro foco, que é a diminuição de certas substâncias hipertensoras no organismo. A atuação do peptídeo descoberta pela pesquisadora é totalmente diferente. Os BPPs atuariam no aumento da sensibilidade dos barorreceptores, substâncias que mandam informações para o sistema nervoso central (SNC) para diminuir ou aumentar a pressão arterial e a frequência cardíaca.Segundo Claudiana, o medicamento a ser produzido deve ser destinado ao uso crônico, porque, mais importante que o efeito instantâneo dos BPPs, é o efeito depois de algumas horas. “Nós já temos resultados de que, com bomba de infusão, a substância consegue manter a pressão do hipertenso em níveis normais”, afirma. As informações são da Agência USP.