O barulhão rola quando o ar que inspiramos tem que passar por algum ponto muito estreito das vias aéreas superiores, vibrando as membranas corporais. Isso ocorre porque, ao dormirmos, os músculos relaxam e, por uma conjunção de fatores - que vão desde a posição em que se deita até o consumo de álcool -, as vias respiratórias podem ficar bloqueadas. Com isso, o ar precisa passar na marra e, para o horror de parentes e vizinhos, provoca a britadeira noite adentro.
LÍNGUA PRESAO ronco é mais comum quando se respira pela boca. Nesse caso, uma das principais razões para a sinfonia de estrondos é quando a parte de trás da língua desliza e encosta no palato (o céu da boca), vibrando, ambos, num terrível e desafinado dueto.BARRADO NA PORTAAs amídalas agem na reação imunológica do corpo e, por razões diversas, podem inflamar. Nesse caso, a barulheira é detonada quando o ar tenta passar pela brechinha que sobra entre as amídalas, localizadas na entrada da garganta, e a base da língua.CAMPAINHA SOLTAOutra zona do barulho é a porção final do palato mole, onde fica a úvula, a "campainha" que fica pendurada na entrada da garganta. Como fica pendente, a úvula pode acabar encostando na faringe quando deitamos, criando um obstáculo para o ar.ZOEIRA ESPONJOSAImportantes na produção de anticorpos, as adenoides formam um tecido esponjoso que fica no ponto em que o ar vindo do nariz passa para a faringe. Por vários motivos, elas podem inflamar, "colando" no palato e, assim, atrapalhando o caminho do ar.ZÉ TROVÃOConfira os elementos agravantes na hora de ligar o roncadorLEVANDO FUMOA coisa é simples: quando uma pessoa fuma, inala fumaça. Esta, por sua vez, é um agente altamente irritante, que provoca reações diversas no organismo, como a inflamação dos lugares por onde passa, entre eles a faringe. Com as paredes da faringe inchadas, o espaço para o ar fluir diminui.LARGADÃO Dormir de barriga para cima é outra fonte de ruídos. Nessa posição, naturalmente tendemos a respirar pela boca e o queixo acaba indo um pouco para trás, já pressionando a faringe. Para piorar, a língua também pesa para trás. Pronto, está montado o cenário para a trovoada.RELAXA E GRITAUm dos efeitos do álcool é o maior relaxamento muscular. Se acordado já dá pra sentir a língua meio "anestesiada" após uns goles, imagine dormindo! A chance de rolar uma soneca barulhenta aumenta, pois a língua supermolenga e as paredes relaxadas da faringe atrapalham o fluxo de ar.SINAL AMARELOA obesidade coloca mais um componente na mistura barulhenta do ronco: a gordura. Os homens, sobretudo, que tendem a acumular gordura na parte superior do corpo, sofrem com mais essa barreira adiposa à passagem do ar. Ou melhor, quem sofre são as esposas... TRANSTORNOS SONÍFEROSAs tretas que podem rolar por causa do treme-tremeApesar de ser algo comum, tratado em geral como piada, o ronco pode trazer danos sérios. Quando a passagem do ar chega a ser obstruída, e não apenas estreitada, pode rolar a chamada apneia, uma interrupção momentânea da respiração. Com isso, a pessoa acaba tendo microdespertares, que podem chegar a centenas ao longo da noite. No dia seguinte, acaba tendo aquela sensação de noite mal-dormida, podendo ter dores de cabeça ou problemas de memória e aprendizagem. A longo prazo, a apneia pode levar a desequilíbrios arteriais e enxaqueca. Isso sem falar, claro, nos vários casos de divórcio já provocados pela britadeira do parceiro ou, ainda, de vizinhos que se tornaram inimigos pelo ribombar da cama alheia!
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Como se forma o tártaro nos dentes?
Tudo começa com uma mistura de proteínas e outros componentes da saliva que se depositam sobre a superfície do dente. Com o tempo, forma-se uma camada viscosa, chamada película adquirida, sobretudo na região de encontro do dente com a gengiva. Presentes naturalmente na boca, bactérias logo grudam nessa película. À medida que vão se alimentando dos restos de comida, essas bactérias se multiplicam, formando a placa bacteriana. Se o dente for bem escovado, a placa é removida e você nem precisa se preocupar com o passo seguinte. Porém, com 12 horas sem escovação, os ácidos gerados pelas bactérias já desgastam elementos do esmalte do dente, entre eles o fosfato. Esse fosfato reage com íons de cálcio presentes em alguns alimentos. Essa reação resulta em cristais de fosfato de cálcio, que vão colando sobre o dente, junto com outros minerais. Com o passar do tempo, esses minerais vão se acumulando uns sobre os outros e - voilà! - eis o tártaro, todo amarelão. Embora não seja nocivo por si só, o acúmulo excessivo do tártaro acaba pressionando e irritando a gengiva, que fica mais vulnerável a gengivites e outras doenças. A esta altura, o “pedregulho” do tártaro é uma estrutura tão rígida que tentar removê-lo na base do escova-escova é totalmente inútil. Aí, meu caro, a única solução é ir até o dentista para fazer uma raspagem da craca.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
É verdade que, quando se doa parte do fígado, ele se regenera?
Sim. O fígado é o único órgão do corpo humano capaz de reconstituir até 75% de seus tecidos. O homem já conhece essa impressionante capacidade desde a Antiguidade. A mitologia grega conta que o titã Prometeu foi condenado por Zeus, o deus supremo, a passar a eternidade acorrentado a uma rocha, sofrendo o ataque de um abutre que lhe devorava pedaços do fígado de tempos em tempos. O castigo seria infinito justamente por causa da regeneração do órgão. Apesar de bem criativa, a história soa algo absurda se a gente focalizar os aspectos médicos. Depois de séculos de experiências, os especialistas descobriram que o fígado não consegue se refazer diversas vezes - e, mesmo quando um pedaço do órgão é doado uma única vez, o "renascimento" pode ter alguns problemas. "Quando retiramos parte do fígado, os vasos sanguíneos não se recuperam plenamente e a circulação fica comprometida", diz o cirurgião Tércio Genzini, do hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, e especialista no assunto. Outro problema é que o tecido regenerado costuma ser fibroso, mais duro que o original. Isso aumenta as chances de o doador ter cirrose hepática, uma doença que pode fazer com que o órgão pare de funcionar, levando à morte. De qualquer forma, o transplante de fígado é o típico caso em que os benefícios compensam os eventuais problemas. "Quando retiramos parte do órgão de um doador vivo e o transferimos ao receptor, o órgão se multiplica nos dois pacientes. Em ambos, a reconstituição dos tecidos é completa, e o risco de vida para o doador é de apenas 1%", afirma Tércio. Chamado de transplante intervivo, esse tipo de operação está completando 50 anos de história - em 1954, um paciente recebeu um rim novo no pioneiro transplante intervivo em Boston, nos Estados Unidos. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, 24% dos transplantes realizados no primeiro semestre deste ano no Brasil foram desse tipo. Na ilustração ao lado, a gente dá mais detalhes dos quatro principais órgãos ou tecidos que podem ser transplantados entre duas pessoas vivas: o fígado, o rim, a medula e o sangue. Além deles, parte do pulmão e do pâncreas podem servir para doações de intervivos, mas essas modalidades de transplante são bem mais raras no país.
Como se regenera o rabo da lagartixa?
Primeiro, é importante saber que os lagartos e as lagartixas se desfazem da cauda por vontade própria. Não se trata de nenhuma crise masoquista de autoflagelação e, sim, de uma estratégia espertíssima que ajuda o bicho a salvar a vida. Quando perseguido, ele corta um pedaço do próprio rabo, que continua se movimentando por um tempo, o suficiente para distrair o predador e ele poder fugir. "É melhor perder a cauda que a vida", afirma o biólogo Fábio Molina, chefe do Setor de Répteis da Fundação Parque Zoológico, de São Paulo, SP. Essa autotomia (mutilação espontânea) acontece graças à contração dos músculos do rabo em pontos de fratura, onde as articulações entre as vértebras são mais frouxas. Nesses locais, todos os tecidos - vasos, músculos, nervos etc. - são mais facilmente desconectados. Depois, a cauda será regenerada, porém, nunca mais será a mesma. O novo rabo será menor, mais grosso ou torto.
A parte óssea também não se recupera. "Na parte da cauda que se regenera, as vértebras são substituídas por um bastão de cartilagem sem planos de fratura. Isso significa que novas autotomias só poderão ocorrer em pontos anteriores ao início da cauda regenerada", diz Fábio. O tempo de regeneração depende do metabolismo do animal e até da estação do ano - no verão, a nova cauda nasce mais rápido -, mas, em média, leva três semanas. A energia gasta para a regeneração do rabo tem um alto preço: indivíduos jovens crescem mais demoradamente e fêmeas em fase reprodutiva produzem menos ovos.
A parte óssea também não se recupera. "Na parte da cauda que se regenera, as vértebras são substituídas por um bastão de cartilagem sem planos de fratura. Isso significa que novas autotomias só poderão ocorrer em pontos anteriores ao início da cauda regenerada", diz Fábio. O tempo de regeneração depende do metabolismo do animal e até da estação do ano - no verão, a nova cauda nasce mais rápido -, mas, em média, leva três semanas. A energia gasta para a regeneração do rabo tem um alto preço: indivíduos jovens crescem mais demoradamente e fêmeas em fase reprodutiva produzem menos ovos.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
O que é o vento solar?
Nada menos que 1 milhão de toneladas de matéria que o Sol ejeta a cada segundo! Ela é formada pelos elétrons e núcleos de átomos de elementos abundantes na estrela, como hidrogênio e hélio. Acelerados pelo calor solar, eles escapam do seu campo gravitacional. "Esse turbilhão tem um campo magnético próprio que interage com o da Terra e, assim, acaba afetando o nosso planeta", diz o astrônomo Enos Picazzio, da USP. Durante as explosões solares - quando partes da estrela emitem mais radiação que o normal -, o fenômeno pode interromper sinais de rádio e confundir o vôo de aves que se orientam pelo campo magnético terrestre. Outras manifestações dessa força são as auroras austral e boreal - belos arcos de luz que se formam no céu das regiões polares - e a porção brilhante do rabo dos cometas. O vento solar, por fim, percorre uma distância igual a 20 vezes a que separa a Terra do Sol. Depois, esfria e dissipa-se entre as estrelas.
Por que o fogo pode ter várias cores diferentes?
Porque a cor do fogo depende da temperatura em que ele queima e, geralmente, cada parte da chama tem uma temperatura diferente. A cor do fogo, na verdade, é resultado da cor da luz que ele emite. Essa luz é formada por fótons, partículas muito pequenas que se comportam como uma onda eletromagnética. Dependendo do comprimento dessa onda, ela terá uma coloração diferente. O tamanho da onda, por sua vez, depende da quantidade de energia que ela carrega: quanto mais energia, mais curta é a onda. As ondas "menores" são azuis, enquanto ondas "maiores" são vermelhas. A base da chama de uma vela, por exemplo, tem muito calor e forma ondas de luz com muita energia, mais curtas e mais azuladas. A parte alta tem menos calor, portanto forma ondas com menos energia, mais longas e mais avermelhadas. Alguns combustíveis específicos podem acrescentar novas cores às chamas. Quando o interior do seu fogão está sujo, por exemplo, o fogo dele pode ficar verde por causa da sujeira, o que pode ser perigoso. Já o metanol, combustível usado pelas equipes da Fórmula Indy, tem uma chama invisível. Para poder combater os eventuais incêndios nos boxes, as equipes acrescentam algumas impurezas no combustível, que deixa de ser incolor.
Existe líquido que não molha?
Existe, sim! Mas isso depende da composição química não só do líquido como também da superfície onde ele é depositado. O mercúrio que corre dentro dos termômetros, por exemplo, não molha o vidro, nem qualquer tipo de papel, mas, se for jogado sobre uma superfície de ouro, a bolinha de mercúrio se desfaz, espalhando-se. O que determina se um líquido molha ou não é uma disputa entre as forças de coesão – que mantêm moléculas e átomos de um mesmo material unidas – e as forças de adesão – determinadas pela atração que as partículas de um material exercem sobre partículas de outros materiais. Ou seja, um líquido molha quando as partículas da superfície geram uma atração maior do que a atração das partículas entre si. E, claro, se a superfície tiver poros, o líquido parece molhar mais, porque suas partículas se depositam nesses orifícios. SECOS E MOLHADOS Ligação entre os átomos de mercúrio é seis vezes mais forte do que a das moléculas da água.
PÓLO AQUÁTICO As moléculas de água são polares – têm pólos negativo e positivo – e se aglomeram porque o hidrogênio, que tem carga elétrica positiva, é atraído pelo pólo negativo do oxigênio. Ou seja, o H de uma molécula se liga ao O de outra.
ATRAÇÃO FATAL Quando encontram o vidro, as moléculas de H2O em contato com a superfície se desfazem, estabelecendo ligações O-H com as moléculas do vidro (SiOH). Por isso, as moléculas de água se espalham e “molham” a superfície.
METAL DA GOTA O mercúrio é formado por átomos com 80 elétrons e se apresenta na forma líquida – uma exceção entre os metais – porque os elétrons das camadas mais distantes do núcleo não estabelecem uma interação forte o suficiente com os vizinhos para torná-lo sólido.
NÃO ROLA QUÍMICA Em contato com uma superfície de vidro, os átomos de mercúrio não sentem atração físico-química pelas moléculas de SiOH, preferindo se ligar entre si. Ou seja, a força de coesão é maior do que a de atração. Mas, se a superfície fosse metálica, isso seria diferente...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Por que dói mais levar uma pancada no frio?
Por que dói mais levar uma pancada no frio?
por Yuri Vasconcelos
A explicação mais provável é que a contração dos vasos sanguíneos e dos músculos acentue a sensação de dor. Mas não existem muitos trabalhos científicos a respeito e nem um consenso entre os médicos especializados em dor ou no sistema nervoso. “A idéia mais aceita é que não haveria uma ação direta do frio no nervo, mas uma redução do calibre dos vasos sanguíneos ocasionada pelo frio e, conseqüentemente, um distúrbio circulatório. Isso levaria a uma contração muscular muitas vezes intensa, e qualquer pancada no local acentuaria a sensação de dor”, afirma o neurologista Rodrigo Schultz, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outra hipótese levantada por alguns médicos é que o frio pode tornar mais sensíveis os receptores livres, que são os terminais nervosos distribuídos por todo o corpo com a função de conduzir a sensibilidade da dor, provocando um aumento dessa sensação quando levamos uma bela pancada.
por Yuri Vasconcelos
A explicação mais provável é que a contração dos vasos sanguíneos e dos músculos acentue a sensação de dor. Mas não existem muitos trabalhos científicos a respeito e nem um consenso entre os médicos especializados em dor ou no sistema nervoso. “A idéia mais aceita é que não haveria uma ação direta do frio no nervo, mas uma redução do calibre dos vasos sanguíneos ocasionada pelo frio e, conseqüentemente, um distúrbio circulatório. Isso levaria a uma contração muscular muitas vezes intensa, e qualquer pancada no local acentuaria a sensação de dor”, afirma o neurologista Rodrigo Schultz, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outra hipótese levantada por alguns médicos é que o frio pode tornar mais sensíveis os receptores livres, que são os terminais nervosos distribuídos por todo o corpo com a função de conduzir a sensibilidade da dor, provocando um aumento dessa sensação quando levamos uma bela pancada.
O Átomo
Os átomos são constituídos por três diferentes tipos de partículas fundamentais: protões, neutrões e electrões.
As respectivas cargas eléctricas são:
Neutrão - NeutraProtão - Positiva (+1)Electrão -Negativa (-1)
É o número de protões que diferencia um elemento químico (tipo de átomo) de outro.Um átomo que tenha 5 protões pertence a um elemento diferente de um átomo que tenha 6 protões.
Cada átomo tem um número igual de protões e de electrões, o que o torna electricamente neutro.
Por exemplo: todos os átomos do elemento químico sódio (Na) possuem 11 protões e 11 electrões.O núcleo é a zona central do átomo; aí se encontram os protões e os neutrões.Os electrões giram à volta do núcleo, ocupando determinados níveis de energia.
As dimensões do núcleo são reduzidíssimas relativamente ao tamanho total do átomo.
Quando um átomo ganha ou perde um ou mais electrões, deixa de ter carga eléctrica neutra e passa a ser um ião.
As respectivas cargas eléctricas são:
Neutrão - NeutraProtão - Positiva (+1)Electrão -Negativa (-1)
É o número de protões que diferencia um elemento químico (tipo de átomo) de outro.Um átomo que tenha 5 protões pertence a um elemento diferente de um átomo que tenha 6 protões.
Cada átomo tem um número igual de protões e de electrões, o que o torna electricamente neutro.
Por exemplo: todos os átomos do elemento químico sódio (Na) possuem 11 protões e 11 electrões.O núcleo é a zona central do átomo; aí se encontram os protões e os neutrões.Os electrões giram à volta do núcleo, ocupando determinados níveis de energia.
As dimensões do núcleo são reduzidíssimas relativamente ao tamanho total do átomo.
Quando um átomo ganha ou perde um ou mais electrões, deixa de ter carga eléctrica neutra e passa a ser um ião.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Qual é a temperatura do espaço?
Depende de que parte do espaço estamos falando. Em geral, funciona assim: quanto mais próximo dos astros, maior a temperatura. Outro fator que pesa é a presença de matéria: o calor pode ser retido por ela. À medida que o espaço vai ficando vazio, a temperatura cai. No vácuo total (ausência de matéria), a temperatura despenca para até 272 ºC negativos, 1 grau acima do zero absoluto. "É como medir a temperatura mínima do espaço. Não há local mais frio que esse. São regiões vazias e afastadas de corpos aquecidos", diz o astrônomo Enos Picazzio, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Para ter uma idéia da friaca, a menor temperatura já registrada na Terra foi de 89,2 ºC negativos, na Antártida. Já no espaço interestelar, em que não chega a reinar o vazio absoluto (há gases, grãos e poeira), a temperatura varia. No topo da atmosfera terrestre, por exemplo, a temperatura é algo em torno de 27 ºC. "Mas isso não significa que o espaço acima da atmosfera esteja nessa temperatura. Na verdade, ele é frio, mas um corpo nessa região que seja iluminado pelo Sol pode atingir essa temperatura. Na escuridão, a temperatura cairia muito", afirma Picazzio. Já na Lua, que não tem atmosfera, as temperaturas variam muito: com o Sol a pino, a superfície do satélite passa os 100 ºC e cai, durante a noite, para -150 ºC.
É possível fazer plástico sem usar petróleo?
Sim! Os biopolímeros são plásticos produzidos a partir de matérias-primas renováveis como cana-de-açúcar, milho, óleos de girassol, soja e mamona. Esse material é tão versátil quanto os derivados de petróleo, podendo se transformar tanto em plásticos duros como em versões que parecem borracha. A grande vantagem dos biopolímeros é que eles se decompõem muito mais rápido, não emporcalhando o meio ambiente por dezenas de anos. "As bactérias decompositoras não têm enzimas para digerir os polímeros feitos a partir do petróleo. Já os biopolímeros são bem mais familiares para elas", afirma a pesquisadora Marilda Taciro, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) . Enquanto um plástico feito de petróleo leva em média 40 anos para se decompor, os biopolímeros demoram no máximo três. Segundo o IPT, cerca de 270 mil toneladas de bioplásticos já são fabricados por ano e, até 2015, a produção pode chegar a 1 milhão de toneladas. Ainda assim, será muito pouco se compararmos com a produção atual de plástico petroquímico, que é de 180 milhões de toneladas/ano! Como a escala de fabricação ainda é pequena, 1 quilo de biopolímero custa por volta de 4 dólares, preço até quatro vezes maior que o plástico derivado do petróleo.
Se a temperatura do corpo é de 36,5 ºC, por que sentimos calor num dia com 30 ºC?
Porque nosso corpo tem um mecanismo preventivo para evitar, digamos, um superaquecimento. A coisa funciona assim: o controle da temperatura corpórea é feito pelo balanço entre a quantidade de calor que o organismo produz e a quantidade que ele perde. "Os principais ganhos são o calor gerado pelo simples funcionamento do nosso metabolismo e por fatores ambientais como, por exemplo, a exposição à radiação solar", diz o fisiologista José Guilherme Chaui-Berlinck, da USP. Já as perdas ocorrem principalmente pela diferença de temperatura em relação ao ambiente. "A temperatura ambiente ao redor de 22 ou 24 ºC é aquela na qual a perda de calor praticamente empata com o calor gerado pelo metabolismo", afirma o fisiologista. Num dia muito ensolarado, com os termômetros batendo na casa dos 30 ºC, esse equilíbrio acaba. Apesar de nossa temperatura interna ainda ser mais elevada, a gente passa a perder menos calor para o ambiente. Resultado: o organismo aciona alguns mecanismos para aumentar essa perda, como a produção de suor e uma redução no ritmo do metabolismo. Tudo para evitar que o calor se acumule internamente, o que poderia levar a temperatura corpórea a ultrapassar os saudáveis 37 ºC.
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